Estação de Tratamento de Efluentes – ETE


O Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro, é abastecido de água por uma estação de tratamento que coleta água salgada da própria Baía de Guanabara e a lança no lago após descontaminação. Os indicadores de balneabilidade são ótimos após o tratamento. A água não é potável, mas é fantástico observar a diferença de qualidade após o tratamento.

A ETE utiliza uma tecnologia conhecida como flotação em fluxo. Existe um canal fechado, por onde a água passa e ocorre a flotação dos sólidos em suspensão.

captação de água               canal de cloração

Os sólidos se acumulam na superfície pela injeção de micro-bolhas de ar, formando um lodo, que é recolhido por uma roda coletora.

ventiladores de fluxo            injeção de micro-bolhas

Dois ventiladores de fluxo são posicionados na entrada do canal gerando uma corrente de ar que empurra o lodo em direção à roda coletora.

roda coletora

A água segue depois para um tanque de cloração onde recebe tratamento anti-bacteriológico, desinfecção e correção do Ph. Ao final, a água cai em uma cascata de aeração e é bombeada para o lago salgado. O maquinário fica abrigado em um módulo de equipamentos e em duas casas de bombas, sendo uma de captação de água e outra de transbordo.


tanque de cloração                 cascata de aeração

Acompanhar a montagem desta estação foi para mim, na época, algo desafiador porque eu estava recém formado. Foi este trabalho que me motivou a estudar gestão ambiental. Coincidentemente, um dos fiscais da obra, por parte da Petrobras, o mestre Antônio Luiz Peres, foi ser meu professor no curso da UFF, na disciplina “Gerenciamento de recursos hídricos e efluentes na indústria”.


Instrumentos de análise da água