Geodésica II

Os domos possuem uma forma pacífica e exprimem proteção. Eles não possuem tetos nem paredes e tudo é integrado como na abóboda celeste. As geodésicas estimulam a auto-construção e o trabalho com materiais leves, podendo-se fazer quase tudo do chão, de modo pré-fabricado. Ao montar um domo geodésico passamos a entender melhor a geometria, a natureza e a vida.


As cúpulas geodésicas são poliedros com seus vértices rebatidos em uma esfera. Poliedro é um sólido geométrico limitado por polígonos planos dispostos lado a lado, ocupando planos diferentes e definindo um trecho fechado do espaço. Os polígonos são as faces do poliedro. Os lados dos polígonos são chamados arestas do poliedro e seus vértices formam ângulos sólidos.


O cubo é um sólido sociável, pois ele pode ser aglomerado perfeitamente, isto é, podemos juntar cubos lado a lado sem que sobrem espaços vazios. O quadrado e o cubo são a modulação básica de nossas construções atuais, mas isso não significa que eles sejam a maneira mais econômica de aglomeração. A malha plana hexagonal sim, que é a forma ideal para a aglomeração de polígonos, pois ela tem o menor perímetro e a maior área possível. Lembremos que as abelhas utilizam a malha hexagonal na colméia seguindo a aglomeração do octaedro truncado que é o poliedro mais econômico, com menor superfície e que envolve o menor volume.


A experiência me mostrou que as estruturas geodésicas mais econômicas e de maior efeito são as derivadas do octaedro e do icosaedro. Acusticamente falando, acontecem fenômenos interessantes num domo geodésico. Todo som que parte do centro volta ao centro, desde que não haja obstáculo e todo som que parte próximo da parede percorre a volta do domo e volta ao lugar de origem.