Geodésica III

Esta geodésica foi montada em abril de 1999, para servir de cenário em uma manifestação popular que relembrava os 3 anos do caso que ficou conhecido como “O massacre de Eldorado dos Carajás”, no Estado do Pará, onde 19 trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Sem Terra foram mortos em um confronto com a polícia. Ela foi montada na entrada do prédio da Central do Brasil, no Rio de Janeiro.



Durante o evento, foram dispostos 19 caixões dentro da estrutura. Como esta geodésica era derivada de um tetraedro (o poliedro mais simples), e por questões econômicas a freqüência de divisão dos polígonos não era muita, sua forma ficou bem parecida com uma pirâmide e acabou proporcionando uma atmosfera meio exotérica ao evento.



Apesar do formato piramidal oferecer menos efeito visual que o esférico, este modelo apresenta algumas vantagens consideráveis. O acesso ao interior é mais fácil, pois os polígonos da base são mais verticalizados e facilitam, por exemplo, a instalação de esquadrias. A cobertura também é favorecida porque apresenta planos mais lineares e com inclinações muito parecidas com a dos telhados convencionais. Aliás, este modelo geodésico se parece com aqueles polígonos de tubos e lona branca, de montar, e que se utiliza em festas.